Le Courbusier
A arquitetura moderna surgiu na Europa devido à necessidade de solucionar os problemas que surgiam graças às mudanças sociais e econômicas que a Revolução Industrial causou. No Brasil, no entanto, segundo Lúcio Costa, o Modernismo brasileiro justifica-se como estilo, afirmando a identidade de nossa cultura e representando o "espírito da época".
As obras deste estilo apresentavam como características formas geométricas definidas, sem ornamentos; uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o edifício; vidros contínuos nas fachadas ao invés de janelas; aproveitamento do espaço do edifício etc.
A arquitetura brasileira tem como marca um conflito entre o neo-colonial - estilo dominante na arquitetura brasileira da época baseada na arquitetura usada em Portugal e que se manteve aqui pelo colonos portugueses - e o Modernismo, que começava a ganhar espaço.
O Estado teve papel importante na consolidação do modernismo arquitetônico brasileiro, pois patrocinava obras, já que buscaram o modernismo como símbolo de modernidade e progresso do novo Brasil que se desenvolvia, a idéia de uma nova Nação com uma identidade própria, a tomar como exemplo o projeto arquitetônico de Brasília. Aos poucos a Arquitetura Moderna Brasileira foi ganhando destaque no cenário mundial passando a imagem do novo Brasil que estava se formando.
Os principais elementos da estética Corbusiana se resumem da seguinte forma:
• Planta livre: elaboração de uma estrutura independente que permita a livre distribuição das paredes, já sem exercerem função estrutural.
• Fachada livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser projetada sem impedimentos.
• Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo do mesmo.
• Terraço-jardim: recupera a área ocupada pelo edifício transferindo-o para cima do prédio na forma de um jardim.
• Janelas em fita: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com a paisagem.

Pode-se notar quase todas as caracterísiticas da arquitetura da época no Ministério de Educação e Saúde do Rio de Janeiro, constuído em meados dos anos 50.

Detalhe para a aplicação do pilotis no prédio do ministério.
Por Erich Belfort Chiarelli
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